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Encerrando o ciclo

executiva56

A experiência de mais de 39 anos nas atividades de terceirização nos faz refletir o quanto essa prática é válida e necessária.


Os problemas nas atividades permanecem os mesmos desde o tempo do MARE, quando em 1.998, o governo resolveu criar tabelas de preços para os serviços terceirizados.


Naquela oportunidade houve interferência política, e fomos convocados para modificar os conceitos que prevaleciam nos estudos desenvolvidos pelos técnicos da época.


Amparados pela indicação que fizemos do meu amigo Afonso da FGV, já falecido, conseguimos transmitir a sensibilidade que a atividade exige, de modo que os preços resultantes dos estudos fossem, no mínimo, suficientes para que as empresas que, trabalhavam com a Administração, pudessem obter algum lucro.


Na época, os estudos fixaram preços com o fator “K” de 3,80. Naquela época o vale alimentação, e outros benefícios que fazem parte das convenções não existiam, e os tributos eram bem menores que os atuais, ou seja, corresponderiam hoje a mais de 4,40.

Contudo quis o “destino” que muitos donos de empresas, vissem essa atividade como uma mina de ouro, e os preços, começaram a ser ofertados com reduções de até 40% em relação ao valor indicado nos editais.


Os preços foram despencando, e novos “técnicos” entraram em cena, descobrindo fórmulas estravagantes para reduzir os valores cada vez mais aplicando fórmulas mirabolantes sobre os direitos dos trabalhadores terceirizados.


Hoje a atividade de terceirização atingiu um estágio altamente preocupante, com valores contratados beirando o absurdo. Em um cenário desesperador, empresas atravessam um país continental, para oferecer valores cujo lucro e a taxa de desorganização não chegam sequer a um real.


Qual a solução para isso? Eu não sei, e não tenho mais vontade de pensar.

Acredito que meu ciclo se encerrou!


 

Sr. Vilson Trevisan

Consultor Econômico do Sindicato


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