Há tempo para tudo, nascer, crescer, desenvolver e realizar-se.
O que não levamos em consideração é esse espaço de tempo, onde as horas se consomem em ansiedade, esperanças, realizações, reconhecimento e fracassos.
Para ser empresário nesse país, como diria o meu estimado amigo Hélio Gomes, “não é para amadores”, somente para pessoas altamente dotadas de muita integridade, sabedoria, garra e determinação, assim para subir as escadas do sucesso.
Temos um Congresso que enxerga somente futuras eleições, com escaladas políticas, onde aquilo que é danoso para a economia, mas que pode favorecer votos futuros, mesmo que possa impor danos aos empresários, tem passe livre. Exemplo mais gritante, cotas. E podem crer que amanhã teremos que contratar 20 a 30% do efetivo para satisfazer as cotas. Esse é um problema pontual. Nesse plano, seria interessante que a escalada política se fizesse sem nenhuma reeleição. Basta lembrar do período 1 do Fernando Henrique, do Jaime Lerner, entre muitos, que para conseguir a reeleição “pagaram moedas para recolher poder”.
Na área tributárias estamos a beira do abismo, se uma das duas PEC’s, ou uma junção dessas, forem aprovadas, o modelo trás as seguintes imposições: concentração da arrecadação, aumento abusivo dos tributos para áreas que mais contratam, serviços e para a área de agronegócios.
O modelo político e econômico do país suplica por transformações e por inteligência. A concentração de arrecadação é perniciosa, onde os mandatários são homens trajados de vinganças pessoais, durante sua escalada política, e que nos ajustes para a acomodação de interesses, impõe sanções econômicas através das torneiras de repasse do arrecadado.
Duas sugestões simples para modificar essa estrutura, respeitar as hierarquias arrecadadoras, Federação, Estados e Municípios. E para gerar empregos e arrecadar sem nenhum custo fiscalizador, será tributar pelo quociente entre faturamento x folha de pagamento, quanto maior o índice da folha, menor a carga tributária, e passar a recolher os tributos na realização final dos negócios, ou seja, no ato do pagamento de qualquer débito, nesse momento haverá na fonte o desconto dos tributos. Não importa a origem do débito, mas sim sua realização. Para eliminar os atravessadores, as retiradas em espécie, tributo na fonte.
Nesse novo tempo, poderemos gozar a vida em suas devidas proporções, e não ver o tempo passar acima da velocidade permitida levando nossas preocupações. Não há como segurá-lo.
Vilson Trevisan
Consultor econômico do SINDESP-PR.
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